8.18.2006

Culpa

Deixou uma ou duas lágrimas azedas. Foi-se, não olhou para trás, não mais fez questão de olhares. Abdicava a profundeza prazerosa de uma mente excessivamente hesitante. Precisava do Tempo de novo, de novo, admitia, para poder se curar, de novo, de uma nova cicatriz, outra, outra talvez não tão grande, não tão pequena, mas, de qualquer forma, cicatriz. Ele tinha dificuldade em entender. Não sabendo os motivos, fundia o cardíaco metal em pensamentos dessa vez pouco culpados, a não ser talvez pelos próprios excessos de si mesmo.

Está cansado de culpa, de compreensão, de valor. Está cansado de tanta auto-piedade...