6.30.2006

Como quando é sonho, e o aguardo não é só espera: é ânsia. E não sei da volta, mesmo tendo todas as datas na mão, a precisão do não-Tempo correndo feito tartaruga, feito raposa, feito em tantos dias e horas e segundos de milésimos de segundos, segundo um coração que quer pensar bem mais que esta cabeça descompassada que, de qualquer forma, haveria de só pensar em você.

6.20.2006

Penso, logo logo

Pense assim: não tem que ser tão ruim. É saudade, sim, saudade, forte, grande, querendo se mostrar pro mundo. Saudade não tem que ser ruim, mesmo quando é saudade grande. Pense assim: no voltar, assim. Sabe? Pense na saudade morrendo. Pensou? Quando tiver de novo abraço, abraço, beijo, abraço, olhar. Olhos! Isso! Pense neles... Pense nos olhos dela, que é mesmo deles que você sente saudade. E da boca. E da voz... Você sente saudades de quando passava olhando e falando, e olhando e beijando os olhos dela. E ela falando, e a voz dela te deixando calmo, assim, feito o abraço. O problema é todo esse mesmo, não é? Não? Não? O que, então? Sentir falta não é mesmo isso? Estar louco de vontade de vê-la para poder proteger, saber que ela está bem, e sorrindo? Ora... Deixe de ser bobo! É longe, mas não é o fim do mundo. E logo você chega lá! Chega! Ora... Pense com a cabeça. Não? Nega-se? Está bem... Negue-se. Quem sente saudade é mesmo você... Anseia o quê, então? O encontro? Não? Poesia então? Inspiração? Sabes muito bem que tudo é lembrança, tudo é recordação, não? Destino? Você nem acredita nisso! Ora... Pense com a cabeça. Vai se negar de novo? Bem... Olhe as estrelas, então, Estrelas, as estrelas... Quem sabe elas te matam a saudade. Ou fazem a saudade aumentar... Mas aí você decide. Ela está lá, do mesmo jeito que você, esperando, e a cruz está lá, protegendo. Você vai chegar... Vai sim. Enquanto isso, agüente. Você vai ver como é fácil agüentar saudade quando o abraço chegar.