4.19.2006

Clamor


Paciente,
salvar-te-ia do inferno
do lado escuro da Lua,
ansioso por curar com seda
teus infinitos pares de asas brancas,
coagular o sangue das feridas
e devolver-te o vôo ao toque
o sorriso, o orgasmo...
Quem sabe,
talvez,
transformar tuas lembranças
em visões de nebulosas
explosões de longas vistas.
Enviar-te-ia aos sonhos
dos buracos negros
onde o Tempo,
maldito,
haveria de não passar,
e teríamos, sob nosso olhos,
o irônico fim do começo,
o retorno ao nada,
o esperar do sempre,
do esmagamento o surto
do Tempo morto,
do Tempo eterno.
Paciente,
salvo-te.
Salvar-te-ia.

Peça-me!

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Olá celo, tudo bem.
Que saudades ...
Nem parece que vi você esses dias.
Lindo texto....Como sempre
belas palavras de um coração doente...
Não doente no sentido saúde.
Mas doente no sentido AMAR.
Espero que você fique amando com o coração doente....Pois quando ele ficar bom, tenho até medo.
Posso perder meu confidente.

beijos Palavras Lindas...Seu novo apelido

13:21  
Anonymous Anônimo said...

Olá! Adorei tuas palavras... teu blog todo é muito fofo, muito interessante... espaçoso... gosto de vir aqui! Um forte abraço!
www.letrassinceras.zip.net

22:04  

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