3.16.2006

Mas livrai-nos do mal

Largue já desse pedaço de osso,
vá devagar,
devagar,
vagar.

Ande na linha esperança,
essa linha,
esperança,
criança.

Converte-se mar de fogo gasolina,
creolina de pinga,
maltrapilha,
pilha.

Pilha, pilhagem, morre tu, morro eu,
e o óleo bicho comeu,
bicho morreu,
morre tu
morre eu.

Morre logo que há de ser melhor,
que pior assim não há,
há de ser,
há de ter,
há.

Há?
Que há além de nós, ganância?
Mortos de noite,
vivos pelo dia que não vem?
Morre?

Vivo eu,
morto tu.
E antes tu do que eu,
antes humano,
antes dinheiro,
antes dinheiro,
antes dinheiro,
que sem ele não hei de comprar gente.

Comprar eu,
comprar tu,
compro eu,
compra tu,
compra cú.
Amém.