4.16.2006

Pascoal

Devia eu tornar-me massa e,
de bolo, assar em fogo morto?
Devíamos nós ser o que somos
parcos ou porcos ao molho amargo?
Devíamos nós esculpir nossa própria face
ou buscar em face alheia a lágrima inexistente?
Devíamos nós transformar amor em receio?

Medo?